quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Soneto à lua


Por que tens, por que tens olhos escuros E mãos lânguidas, loucas e sem fim Quem és, quem és tu, não eu, e estás em mim Impuro, como o bem que está nos puros?  
Que paixão fez-te os lábios tão maduros Num rosto como o teu criança assim Quem te criou tão boa para o ruim E tão fatal para os meus versos duros?  
Fugaz, com que direito tens-me presa A alma que por ti soluça nua E não és Tatiana e nem Teresa:  
E és tampouco a mulher que anda na rua Vagabunda, patética, indefesa Ó minha branca e pequenina lua!
Comentário: Este é um soneto que traz muitos adjetivos para uma coisa que é considerada tão pequena na imensidão do nosso universo, mas que é facilmente percebida pelos olhos apaixonados.  
Há metáfora, antítese e comparação em várias partes, mas destaquei apenas algumas. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário